terça-feira, 23 de março de 2010

Poeminha pobre

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Álvaro de Campos.
Mas o que fazer com essa dorzinha,
que aqui de dentro não quer passar?
É a saudade, a voz da minha alma
que não está onde deseja ficar.
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A esperança dos encontros dissimulam
as palavras que não sabe falar
tenta em vão e não consegue
dizer o significado de amar.
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Diria: é ter sol em dia nublado
é como um arco-íris abraçar
é ter um lindo sonho, colorido e puro
de tão belo, não sabe expressar.
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É como os olhinhos, amêndoas,
tristes, que parecem chorar
é a lembrança do amor querido,
lembranças alegres que não querem passar.
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Por isso agora escreve em versinhos
pobres rimas que vão registrar
o quanto seria bom estar contigo de novo
sem palavras, feliz por amar.